"Gostaria de saber qual o seu método para terapia de casal?"
- Carolina Nitschke Massena
- 23 de nov. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de out. de 2023
Recebi essa pergunta esses dias e achei muito boa por dois motivos. Primeiro que acho muito bom quando as pessoas que buscam terapia estão com esse olhar desperto e inquisitivo quanto ao método do profissional, refletindo sobre em que o/a terapeuta se fundamenta para oferecer a escuta e intervenção que oferece. Não que haja o método maior e melhor de todos que deva ser encontrado. Acho bom no sentido que a pessoa não está colocando o saber do terapeuta acima da sua própria capacidade de reflexão e escolha.
Gostei também da pergunta, pois me traz a oportunidade de refletir mais e de falar um pouco sobre esse método. Eu poderia iniciar por diferentes pontos, mas vou pegar o ponto da meditação enquanto parte do método terapêutico como ponto de partida.
Nessa terapia que tem a meditação como uma das ferramentas práticas e conceituais usadas, cada um do casal vai ganhar mais clareza e familiaridade com o seu próprio mundo interno. Vai possivelmente se deparar com seus próprios desafios de lidar consigo mesmo. Percebendo como esse mundo interno é rico, como a mente é dinâmica e criativa e como as emoções são intensas e que por vezes nos arrastam para além do que conseguimos escolher e controlar. Ver e sentir de perto como a mente cria pontos de vista e hábitos que com o passar do tempo tomam caráter de verdades absolutas e como isso enrijece a relação e acaba com a possibilidade de diálogo, de compreensão, cumplicidade, diversão e de prazer dentro do relacionamento.

Cada um aceitando esse desafio de um mergulho e análise interna, vai percebendo seu próprio sofrimento, o que abre para a possibilidade e a habilidade de empatia para com o companheiro ou a companheira. Entender a sua dor pode ser a ponte para entender o outro no mundo dele, e poder ver aquilo que os une em vez de focar no julgamento e na atitude de adversários que os afasta. Aceitar esse desafio caminhando um ao lado do outro e podendo compartilhar e acompanhar um ao outro nesse processo.
Vamos irrigar qualidades possivelmente adormecidas na relação tais como a generosidade, amorosidade, compaixão, autenticidade e a de se alegrar juntos e um pelo outro.
Lançaremos mão de ferramentas como a das “Quatro ações” advindas das "5 Sabedorias" e da ferramenta da Comunicação não-violenta como recursos que fornecem guias para um diálogo positivo.
Em linhas gerais é isso.
Como essas ideias chegam até você?
O que você acha mais desafiador na convivência em casal?
E o que você acha mais desafiador na ideia de fazer psicoterapia?
Vou adorar saber o que você pensa!
Um abraço!
Carolina N. Massena
CRP 12/14303
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